A FEHOESP e o SINDHOSP foram convidados pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES), no último dia 23 de julho, para participar de uma campanha que objetiva barrar o avanço do sarampo na Grande São Paulo, que já vive um surto da doença segundo as autoridades. O receio é que o sarampo, doença altamente contagiosa, de fácil transmissão, se espalhe para outras regiões do Estado. “Estamos em época de férias escolares e as pessoas se deslocam com mais frequência pelo Interior. Precisamos adotas medidas preventivas”, adianta o presidente da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr.
De acordo com informações da SES, o surto na Capital paulista teve origem em hospitais privados. “São pessoas que têm planos de saúde e que viajaram para o Exterior ou outras regiões do país e voltaram infectadas. Como o sarampo é uma doença que estava praticamente erradicada, os serviços de emergência dos hospitais não adotaram as medidas de prevenção e os cuidados necessários no cuidado a esses pacientes. Tivemos, inclusive, profissionais de saúde contaminados”, afirma o vice-presidente do SINDHOSP, Luiz Fernando Ferrari Neto.
Para evitar uma possível epidemia, o Ministério e a SES orientam a vacinação de TODOS os profissionais da saúde, independentemente de já serem ou não vacinados. A FEHOESP encaminhou comunicado por e-mail a todos os estabelecimentos de saúde do Estado de São Paulo com essa orientação. “Precisamos conter o avanço da doença. A equipe de ponta, dos serviços de urgência e emergência e os médicos precisam estar atentos aos sintomas e ao diagnóstico do sarampo. Casos suspeitos devem ser isolados e comunicados imediatamente às secretarias municipais de saúde e vigilância sanitária local”, adianta o presidente da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr.
Todos os colaboradores de hospitais, clínicas, laboratórios, consultórios, empresas de home care, consultórios odontológicos e demais estabelecimentos de saúde do Estado de São Paulo precisam ser vacinados com urgência. “A medida vale também para os colaboradores terceirizados, como serviços de limpeza, recepção, manobrista etc. Isso é importante para evitarmos o avanço e a disseminação da doença entre a população”, lembra Yussif Ali Mere Jr. Casos suspeitos devem ser isolados e comunicados imediatamente às secretarias municipais de saúde e vigilância sanitária local.
Os profissionais de saúde devem tomar a vacina do sarampo em duas doses, com intervalo de 30 dias, independentemente da idade. A recomendação do Ministério e da SES, e que está sendo divulgada pela FEHOESP e pelo SINDHOSP, é que o profissional tome as vacinas e apresente sua carteira de vacinação atualizada ao RH da empresa. O vice-presidente do SINDHOSP, Luiz Fernando Ferrari Neto, lembra ainda que, além da responsabilidade social dos empresários e gestores do setor, as empresas ainda podem ter prejuízos financeiros caso algum colaborador seja contaminado no local de trabalho. “Os estabelecimentos terão que lidar com afastamentos por períodos prolongados, o que vai sobrecarregar outros funcionários, e consequentemente aumentar a probabilidade de erros. Além disso, a transmissão de sarampo de paciente para funcionário caracteriza-se como acidente do trabalho, o que obriga o empregador a uma série de responsabilidades”, oriente Luiz Fernando Ferrari Neto, vice-presidente do SINDHOSP.
Este portal publicará mais informações sobre o sarampo, sobre a campanha para evitar uma possível epidemia e os cuidados que os prestadores de serviços de saúde devem adotar. Acompanhe!
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